Recentemente tive a oportunidade de voltar a um lugar que adoro – Inhotim – considerado o maior museu aberto do mundo; algo que sempre me encheu de orgulho por este local mágico estar no meu país.
Fomos vivenciar o fechamento de um módulo do programa de formação que estamos realizando na Fundação Dom Cabral para gerentes da Globo, como parte do projeto de transformação cultural da empresa.
A arte – como dizia o gênio Ferreira Gullar – existe porque a vida não basta. Quando eu visitava as obras e moderava a chuva de insights que as pessoas traziam, pensei na importância deste outro universo para as organizações. A vida cartesiana, estruturada, racional demais, que muitas empresas ainda vivem, precisa urgentemente da vibração que a arte traz! A dinâmica organizacional se perdeu no labirinto dos processos, das estruturas e funções, na competição interna e na obsessão por metas e resultados…
Mas aqueles foram momentos de muita leveza, de transcendência. A natureza do Jardim Botânico e as obras dos artistas se fundiram para lembrar-nos que o que é verdadeiro e belo é o que alimenta a alma. Não vi – naquele espaço quase sagrado – mentira, competição, hipocrisia, ameaças…só um desejo dos artistas se comunicarem através do visceral, complementado pelas exuberância das arvores, a simplicidade cativante dos pássaros, uma verdadeira sinfonia da natureza que formou uma unidade arrebatadora com a arte.
Como as organizações precisam do lúdico, do belo, do sublime!
E eu quero contribuir para isso cada vez mais!